quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

NOTA OFICIAL GRANDE SALTO 30.12.2015 - ATUAL MANDATO - BALANÇO DEZEMBRO 2015

Transcorridos mais de 1/3 do mandato do nosso atual e honrado presidente, quando nos preparamos para ingressar no ano de 2016, nós do Grande Salto entendemos ser importante manifestar nossas visões relacionadas a conjuntura Alvinegra.
Poderíamos nos acomodar, identificando nossa elogiável subida com o título da Segunda Divisão, êxito eventualmente suficiente para não refletirmos sobre mais nada. Entendemos, entretanto, que essa atitude não contribuiria para o desenvolvimento do nosso clube e como temos como premissa colaborar sempre com sua dinâmica, aí vão algumas das nossas visões e reflexões.
Sei que muitos não receberão bem esse documento. Nos chamarão de oportunistas, de políticos de ocasião. A hora é de ajudar, não de apontar os erros, o clube está falido etc etc. O clube sempre esteve falido, infelizmente. Lamentavelmente o modelo que impera, nos levou para o buraco e está claro que só com boa vontade não sairemos dele. Portanto, preferimos nos manifestar agora, do que compactuar com a reincidência de erros.
De outra forma, vale ressaltar que o respeitável trabalho desenvolvido no campo jurídico financeiro, provavelmente será insuficiente, caso providências não sejam tomadas, com vistas a ajustar a trajetória do clube.
Primeiro convidamos todos para assistirem ao vídeo com o programa do Grande Salto, que apresentou nossas propostas para um eventual mandato, que não se confirmou. Já visualizado por mais 8.700 vezes, nos estimula perceber a atualidade das propostas relacionadas. Vale ver (ou rever).


Segundo, vamos relacionar pontos nevrálgicos do Botafogo de 2015.
A SEDE SOCIAL
Esse é um assunto que provavelmente não interessa a quem não frequenta o clube. Vão tacha-lo de menor. Mas nós não entendemos assim.
Em Janeiro desse ano, haverá outro aumento na manutenção do clube. O segundo dessa diretoria em pouco mais de 1 ano de mandato. O titular passará de R$ 110 para R$ 139 e o dependente de R$ 25 pra R$ 31,50 e nada justifica isso. 
Aliás ao contrário. Temos menos um dia de uso da piscina (a única coisa que realmente temos de lazer) pois segunda feira o clube passou a fechar, sendo que antes abria após as 14hrs. Vale ressaltar que agora no domingo o clube passou a fechar mais cedo, as 18hrs. 
E mais: o restaurante piorou. O almoço só é servido até as 15hrs, mesmo nos finais de semana, inconcebível para os hábitos do verão carioca. O variado Buffet de antes, virou apenas 5 pratos executivos nos dias de semana. Buffet só aos sábados. O banheiro dos homens atrás do ginásio e o das mulheres estão em obras e o que usamos agora é um absolutamente inadequado ao uso. O jardim não é cuidado e as plantas estão morrendo secas. O parquinho está sem a metade da cobertura e o campo de general só tem o campo mesmo , sem cobertura e sem tela de proteção. Coisas pequenas para quem frequenta outros clubes, mas fundamental para quem frequenta nossa sede social.
E mais, ficou muito mais difícil realizar reuniões de sócios no clube. Passa-nos a sensação que ora por desorganização, ora por critérios de avaliação política, são concedidas ou não, autorização para realização dos tradicionais churrascos do Bar do Deck. Uma pena, regredimos.

DESRESPEITO AO ESTATUTO
Para nossa absoluta indignação, tomamos conhecimento pelo Globo.com, em matéria publicada com foto, que em frontal e inadmissível desrespeito aos Sócios e ao Estatuto, retiraram a foto de um ex Presidente da Galeria Oficial de ex Presidentes, colocando em seu lugar, uma foto pública, em que o atual Presidente, troca gestos agressivos com seu antecessor. Não queremos defender ninguém, mas consta no Estatuto que cabe ao Presidente resguardar o referido quadro. E para nossa surpresa, em manifestação pública nas redes sociais, o atual Presidente, não só admitiu a permanência da foto por alguns dias na entrada do seu gabinete, como desdenhou parcialmente o fato, creditando a motivações menores e políticas a indignação de dezenas de Sócios Proprietários com o lamentável desrespeito.

NOVOS CARGOS POLÍTICOS
Na contramão das administrações bem sucedidas e ao que parece com objetivo de abrigar apadrinhados políticos, a atual administração desandou a criar novos cargos. O milagre da multiplicação dos voluntários, com benefícios do poder, do tipo ingresso para jogos e vagas em camarotes e sem função claramente definida. Além disso, aumentou o Conselho Diretor, com a criação de duas novas vice-presidências, de Estádios e Executiva.

PROJETO JEFFERSON
Um dos grandes pilares da proposta do Mais Botafogo para o futebol durante a campanha, seria um grande plano de marketing envolvendo nosso principal jogador, a estrela da companhia: Jefferson. Alardeado como a solução para sua permanência, um plano amador e fadado ao fracasso, que pedia dinheiro sem nada em troca, foi lançado e retirado do ar depois de poucos meses. Detalhe: o total arrecadado não foi suficiente para pagar uma semana dos proventos do craque.

PROGRAMA DE SÓCIO TORCEDOR
Aqueles que acompanham com atenção o desenrolar dos fatos políticos do clube, hão de lembrar, que as dificuldades de deslanchar o programa de Sócio Torcedor Alvinegro era um dos pratos principais das críticas sistemáticas do grupo político que está no poder. E o que vemos agora? Um programa sem atrativos e sem nenhuma identificação com o torcedor e que patina descendente em números parecidos com o de antes, tendo sido ultrapassado recentemente pelo Remo do Pará. Nenhuma ideia vendedora, nem estratégia de comunicação clara. A promessa de um programa inovador caiu por terra e o que vemos são os problemas de sempre. Ouve-se agora pelos corredores que o clube dispensará a empresa gestora e assumirá a gestão do programa por meio de pessoal próprio, tendo inclusive contratado um profissional de mercado com experiência anterior no Fluminense para tocar o projeto. Vamos acompanhar e como sempre desejar muito boa sorte.

NEGOCIAÇÃO COM A GLOBO
Mais um fato atualíssimo vem à público, de modo truncado e tendo como porta voz o Presidente, expondo dificuldades do clube de lidar com o mercado e com a opinião pública. Nosso Presidente virou o porta voz do clube. Assuntos que vão da foto na Galeria de ex Presidentes até o contrato com a Globo, tudo é com ele. Não sabemos para onde o clube caminhará, nem conhecemos os contornos do contrato com a Globo, mas a roupa suja, travestida de transparência, continua sendo lavada nas escadas de General Severiano, sem estratégia, nem comando.

O FUTEBOL
Não falamos sobre contratações, ainda mais antes da temporada começar. Claro que fica-nos a impressão de que as coisas não vão muito bem. Não parece que essa enxurrada de estrangeiros de discutível qualidade, serão suficientes para assegurar um bom desempenho em 2016. Mas queremos falar das rusgas públicas com o mercado da bola.
Sem entrar no mérito de quem tem razão, apesar de tendermos a apoiar o clube que amamos, está claro que o Botafogo atual vem colecionando controvérsias públicas, o que não é bom para nós. Além de terminarmos o ano com salários atrasados, esses bate-bocas entre o nosso Presidente, jogadores e o ex técnico, cria um clima ruim com o mercado da bola, tornando o Botafogo um destino questionável e inseguro. Isso é fato.

O ESTÁDIO E O UNIFORME PARA 2016
O grupo político Mais Botafogo, sempre cobrou transparência em relação a todos os assuntos, em especial sobre o ocorrido em relação ao fechamento com o Estádio Olímpico João Havelange. Prometeu dar luzes sobre o assunto e calou-se depois de assumir o clube.
Na verdade, além de não esclarecer os assuntos antigos relacionados ao estádio, prossegue gerando dúvidas em relação ao tema. Percebemos uma inadmissível confusão em relação ao assunto. Onde o Botafogo jogará em 2016? Faltando dias para o início da pré temporada, essa é uma resposta que ninguém tem. Já se falou, em Macaé, Ilha do Governador e Caio Martins. Aliás Caio Martins ressurge agora, no formato pocket show. Anunciou-se o investimento de alguns milhões, que não existiam, para montarmos uma arena de 18 mil lugares, agora voltamos a falar no assunto, mas para um mini estádio para até 6 mil lugares, sepultando qualquer esperança de em uma arrancada do time, conseguirmos superar esse teto de público muito pouco ambicioso.
E o uniforme? Transparência não é improviso. Anuncia-se previamente reunião com diversas marcas do mercado, um assunto claramente corporativo, dando a entender que desse encontro sairá o novo fornecedor de uniforme do clube, e nada. Voltamos a estaca zero.
Imagino o que passa na cabeça de possíveis patrocinadores. Em um mercado tão competitivo, em que o amadorismo dos clubes afasta progressivamente os investidores, essa chuva de indefinições, diminui em escala inimaginável, qualquer chance de atrairmos gente séria que aposte e invista em nossa marca.
Provavelmente terminaremos como na temporada passada, quando em uma demonstração de despreparo, cambaleamos vendendo um dos nossos maiores patrimônios, nossa camisa, para promoções de varejo e marcas sem expressão em negociações pontuais sem nenhum retorno financeiro expressivo para o clube.
E agora mais essa. Saiu ontem em todos os principais sites de notícias que a luz e a água do nosso estádio foi cortada por falta de pagamento. Ao que parece ficamos um ano sem pagar as contas, o que levou a essa medida estrema e devastadoramente negativa para nosso clube e nossa imagem.

PROMESSAS DE CAMPANHA NÃO CUMPRIDAS
Fica o lembrete final, de alguns temas, esteio da campanha do Mais Botafogo e que permanecem em aberto. Vamos lá:
1. Auditoria - Alegando falta de recursos, a auditoria que foi uma das peças de campanha ficou no papel e nem se fala mais nisso.
2. Preços populares do estádio – “Prefiro estádio lotado cobrando R$ 5 (cinco reais) do que estádios vazios” Palavras do atual presidente em entrevistas na web.
3. Centro de Treinamento – “Nossa proposta é termos um centro de treinamento, não de favor de ninguém, mas um centro de treinamento do Botafogo e que possamos ter pelo menos de 8 a 10 campos de futebol” – fala do presidente em discurso eleitoral para simpatizantes de sua chapa
4. Engenhão – “vamos lutar para que o Engenhão volte a ser o nosso estádio, sem cores vermelhas e que tenha as nossas cores” – customizar de preto e branco, compromisso de campanha do Presidente
5. Sócio Contribuinte – “Nossa intenção é reativar de pronto a categoria do Sócio Contribuinte...” – compromisso de campanha do atual Presidente

Finalizamos reafirmando duas convicções. A primeira de que seremos duramente criticados. Em parte pelos envolvidos diretamente no atual mandato, somado a aqueles, que com profunda boa intenção, entendem que o momento é de apoiar incondicional e silenciosamente.
Contamos ser compreendidos por aqueles que pensam como nós.
Lamentavelmente o clube se afasta a cada dia de um necessário e urgente processo de profissionalização. Enquanto todos os clubes bem sucedidos já entenderam ser impossível levar adiante um projeto esportivo de grande porte, tocado por voluntários com dedicação parcial, o atual mandato conduz o clube inspirado em um modelo ultrapassado, que assegura avanços, mas absolutamente insuficientes para promover o Grande Salto que precisamos.
Sempre que se toca nesse assunto, a grupo Mais Botafogo e o próprio Presidente, evocam tentativas passadas mal sucedidas de profissionalização, como justificativa do retrocesso organizacional e corporativo que vivemos. 
Nós do Grande Salto, seguiremos onde estamos, nos estádios, torcendo, movidos por interesses superiores de quem ama o clube. Mas estejam certos de que preferimos ser mal interpretados por nossa postura crítica incisiva, do que silenciar e arriscar o futuro do nosso clube.


domingo, 29 de novembro de 2015

GRANDE SALTO - NOTA OFICIAL- A reforma estatutária - BOTAFOGO F.R.

A reforma estatutária
Continuamos na torcida, felizes pela nossa subida para a primeira divisão e pelo título conquistado. Claro que queremos ver o time jogar bem. Nossa tradição histórica perdida de ter grandes times tem que ser perseguida obstinadamente. Mas por agora, seria forçar a barra cobrar mais do que subir. Ainda mais tendo o título de Campeão Brasileiro da Série B como bônus.
Isso deveria bastar para nós torcedores tão sofridos. Mas permita-nos dirigir-nos a aqueles que destinam, assim com nós, algum tempo no meio de nossas emoções de meros torcedores, a refletir com mais cuidado sobre o cenário do nosso clube.
Não queremos falar de um dos assuntos do momento: qual será o nosso time em 2016? Queremos falar especificamente sobre a reforma estatutária e seus impactos em nosso futuro. Vemos sua condução, como exemplo de um modus operandis que não nos agrada no politizado Botafogo dos nossos dias.
Claro que nos dirigimos a aqueles, que tem um olhar mais atento sobre a esforçada atual administração. E mais do que isso, a aqueles que coadunam com nossa visão, a de que devemos construir já, principalmente por via do novo Estatuto, um clube moderno e preparado para o grande desafio de voltar ao cenário do futebol de verdade. E não é isso que vemos nos relatos sobre a reforma estatutária em andamento.
A começar pela confessada politização do grupo de trabalho que realiza a proposta de reforma (leia a matéria anexa). A reforma do estatuto do Botafogo de Futebol de Regatas está sendo realizada pelo grupo político que está no poder no Botafogo: o Mais Botafogo. Uma pena. Todos os outros Botafoguenses que quiserem ser ouvidos, tem que se organizar e enviar propostas para o clube, sem nenhum estímulo formal a participação, sem rotinas, sem portas abertas e nem garantias de participação em debates e deliberações.
Nós poderíamos dar-nos por satisfeitos. O Grande Salto protocolou no clube um documento com 14 propostas e tivemos até algumas teses sendo consideradas, se for verdade o que lemos na imprensa, relativo a proposta preliminar de reforma em andamento. Mas pelo que vimos na matéria e nas manifestações do grupo do poder, o principal lamentavelmente ficará de fora.
O primeiro mundo do futebol já descobriu que o modelo de voluntários não remunerados está definitivamente ultrapassado, mas a atual gestão do Botafogo não concorda com isso. E pior, irá perpetuá-lo, ao que parece, ignorando suas premissas no novo estatuto. Se depender da disposição de quem está construindo o novo estatuto, vamos seguir sendo um clube tocado por voluntários, com dedicação parcial, sem metas corporativas, nem rigor organizacional .
Recentemente em um artigo escrito por Ferran Soriano, atual Ceo do Manchester City e ex Vice-Presidente Geral do Barcelona, fala da necessidade imperativa de uma administração profissional, comprometida com os parâmetros empresariais e com a dedicação exclusiva, referenciando inclusive a crescente defasagem latino americana ao modelo ultrapassado de gestão de boa parte dos nossos clubes.
Além do fato de não vermos disposição de abordar esses temas, vemos no âmago do grupo político que comanda o clube, a crença no ultrapassado modelo que privilegia os entes voluntários. Está no DNA. Na votação de reforma estatutária parcial dessa semana, abordou-se a adaptação ao PROFUT e a elevação da idade da dependência para 24 anos e nada mais.
Mudanças insuficientes à vista. E mais: pelos prazos anunciados na matéria, nada valerá para a próxima eleição. Na medida em que os responsáveis pelas reformas, voluntários, presos a ritos limitadores e a visões questionadíssimas, não darão sentido de urgência a reforma, que sairá lamentavelmente ao feitio exclusivo do que pensa o (Mais) Botafogo de hoje e na contramão do que praticam os clubes vencedores pelo mundo afora.

Vejam link Globo.com : 


Serie A -Nota Oficial Grande Salto- 11 de Novembro de 2015

Serie A
-Nota Oficial Grande Salto-
Subimos!
Vivemos o alívio de voltar a primeira divisão. O pesadelo de cair mais uma vez, fica amenizado por mais uma vez termos voltado de primeira. Somos de primeira, com passagens que nos colocam na história da elite do futebol mundial. “Somos Estrelas.”
Parabéns a nossa linda torcida, parabéns aos dirigentes que colaboram voluntariamente, mas principalmente, parabéns aos profissionais do clube, aqueles que se dedicam integral e exclusivamente ao Botafogo. Atletas, comissão técnica, funcionários administrativos e gerentes. São esses que com seu trabalho cotidiano, muitas vezes sem condições ideais, fazem a diferença. Assim como todos os profissionais, saem de casa todos os dias pela manha e retornam no fim do dia, focados exclusivamente nos seus afazeres Alvinegros.
Agora vem o daqui para frente. Necessidades urgentes de modernização da estrutura organizacional e profissional. Fundamental agora é adotarmos uma atitude de serie A.
Nós do Grande Salto, continuaremos na torcida, sempre. Mas atentos e prontos para colaborar, sendo a segunda opinião, firme e verdadeira, contraponto da construção de um Botafogo cada vez maior. Nossa crença em um Botafogo profissional, com melhor estruturação organizacional e craques corporativos, só aumenta, Assim como nosso amor pelo clube e nossa eterna disposição de servir.
Parabéns a todos!
Valeu Galera Serie A, sócios e torcedores. Estamos juntos!

A TORCIDA E OS QUE NÃO A COMPREENDEM (Sobre matéria 21 outubro 2015 no Globo.com) por Marcelo Guimarães


Tenho a dizer que compreendo perfeitamente a torcida do Botafogo. Primeiro porque faço parte dela e tenho a vantagem de ser um laboratório ambulante das emoções e razões que a comovem. Segundo porque trabalho com marketing. Com todas as minhas limitações e habilidades, sou um profissional de marketing. E terceiro porque, sem querer parecer soberbo ou presunçoso, me aprofundei no assunto, ao ponto de escrever um livro que trata do tema.
Sendo assim, tenho a dizer que acho um absurdo, ver dirigentes reclamando da ausência da torcida. Aliás, considero o tema tão relevante, que apoiei com entusiasmo o item da proposta da reforma estatutária, apresentada por um grupo de trabalho que integrei e que prevê:
“Criar e fazer cumprir um protocolo de tratamento da torcida (torcida em geral, não as organizadas), nosso bem maior, proibindo, de forma inegociável, quem quer que seja ligado ao clube, remunerado ou estatutário, de proferir menções negativas ao seu comportamento ou atitude”
Não tem defesa que justifique um dirigente, nem resmungar publicamente contra o comportamento de nossa torcida. Nem pelo aspecto emocional, da paixão, nem pela abordagem profissional, enxergando-os como consumidor de nossa marca. Imaginem só, o vice de marketing da Apple, Philip Schiller vir a público reclamar do consumidor porque caíram as venda do Iphone 6S Plus. Imaginem a cena: “colocamos GPS e 3D Touch e nem assim. Desse jeito não vamos melhorar o produto. Não entra dinheiro, não melhora o produto bla bla bla.” Risível...
Claro que tem aqueles que vão sempre. A-D-M-I-R-Á-V-E-I-S. Simplesmente vão. Talvez sejam os tais 5, 7 mil. Esse vão. São os heavy users.
Mais ainda assim, quero reafirmar que fico profundamente contrariado quando dirigentes vem a público revelar que não compreendem a ausência da torcida do Botafogo, sua falta de comparecimento aos jogos. Eu compreendo perfeitamente e com o objetivo de ajudar a aqueles que não compreendem, vou relacionar algumas razões que me ocorrem:
1. Nossa torcida está calejada. Nosso desempenho irregular histórico nos tornou cabreiros, hesitantes;
2. A primeira queda para a segundona provoca um efeito, emoção, comoção. A segunda queda provoca outro, emoção, desânimo. Precisamos de ações motivadoras, de ativações de engajamento.
3. Jogar na Série B não é um prazer. Será sim para aqueles times que sonham com isso. Vi recentemente uma carreata dos Xavantes, sacudindo Pelotas porque o Brasil ascendeu para a Série B, mas para nós é um fardo.
4. Apesar da magnífica posição que estamos na tabela, feito respeitabilíssimo, admirável, estamos onde não queríamos estar. Queiram ou não queiram, o consumidor (sim, torcedor é um consumidor), anda em busca de prazer e bons espetáculos.
5. Quando jogamos a Série B, apenas para complementar o tema, perdemos o direito intangível e sagrado que nos move, o direito de “tirar onda” com os rivais, e isso é mortal. Viramos uma espécie de café com leite e isso nos abala. Precisamos de ativações que reforcem nossa estima, que mexa com nossos brios e valores eternos.
6. Para se ter uma ideia de como é complexo a história da Série B, conheço muitos torcedores que, a despeito quererem subir, como todos nós, preferem subir sem sermos campeões. Olha isso, a que ponto chega as particularidades desse momento. Participar de um campeonato que não quer ganhar.
7. Outro fato inquestionável. Nosso time é absolutamente irregular, vai do céu (mais ou menos céu) ao inferno (inferno mesmo) de um jogo para o outro. Nunca sabemos qual time estará em campo.
8. Em média nosso time nos proporciona espetáculos medianos. E preciso ser sincero ao afirmar quvi alguns jogos que relaciono entre os piores que vi um time do Botafogo jogar em minha vida e isso conta.
9. Preciso também me referir aos esforços de marketing que temos feito. A área comercial e marketing do clube, em uma tabelinha complementar, são os responsáveis finais por atrair investimentos para o clube. Não quero abrir outra polêmica e desviar o foco da prosa. Posso estar errado, sendo injusto, mas sinto uma certa preguiça executiva nessas áreas, uma falta de vigor paralisante. Mas prefiro deixar esse julgamento para os torcedores, nossos consumidores.
Para a torcida chegar junto, precisamos de ativações contínuas de marketing e de um ciclo de vitórias convincentes que nos orgulhe e nos dê esperanças de um futuro forte. Acho até que a eminência de subir, sonho de todos nós, vai atrair mais público na reta final, mas aí a história da temporada já estará contada.
FORÇA FOGÃO. RUMA A SÉRIE A