domingo, 17 de abril de 2016

OPINIÃO - GRANDE SALTO NOSSO ESTÁDIO 2015 / 2016 / 2017

OPINIÃO - GRANDE SALTO
NOSSO ESTÁDIO 2015 / 2016 / 2017
Acompanhamos desapontados a sucessão de desacertos relacionados ao nosso estádio. Depois de promessas de campanha não cumpridas relacionadas a sua customização com as cores alvinegras, uma sucessão de equívocos começaram a ser cometidos em relação ao tema.
Primeiramente, consideramos inconcebível que nosso time perambule pelo Brasil afora sem estádio certo para jogar. Faz anos que todos nós sabíamos que o estádio passaria para o COI/COB em 2016. A pergunta é: por que a atual administração não se preparou para esse fato irreversível?
Começamos recordando as trapalhadas envolvendo o Caio Martins. Um projeto natimorto, previa em meados do ano passado, que teríamos o estádio reformado para nos atender durante essa temporada. A conta da reforma beirava os R$ 20 milhões e todos nós sabíamos que o clube não tinha esse recurso, nem o mercado.
Aliás, rumores de mercado dão conta que um projeto que circulou por aí, previa que o recurso necessário para a reforma, seria proveniente de parceiros, que bancariam as obras em troca de espaço para se instalar no local. Ocorre que qualquer profissional minimamente informado sabe, que considerando a natureza do parceiro especulado e sua conhecida estratégia de expansão, jamais celebraria esse modelo de negócio.
E qual a consequência desse desconhecimento de causa? Estamos sem estádio certo para jogar. E olha que oportunidades não faltaram. Temos uma harmoniosa convivência com a FERJ e com o Vasco, sem entrar no mérito, nossos aliados de primeira hora. Por que não programamos, com antecedência e organização, jogarmos em São Januário? Ou talvez fosse melhor o estádio da Cidadania? Perdemos a chance de ter um calendário organizado e conhecido por todos. Fato é que esses desacertos tem gerado enormes prejuízos ao clube.
Como vender em escala um programa de sócio torcedor sem estádio certo para jogar? Aliás gostaríamos de saber como anda a migração para o novo plano de sócio torcedor. Não bastasse nossa condição de sem estádio, o processo de migração de um plano para o outro, foi recheado de desinformação. De uma hora para outra, sócios acostumados com seus planos, e seu estádio, tiveram que optar compulsoriamente por outro plano, sem um dos principais benefícios, o conforto do acesso sem custo aos jogos.
E para 2017? Em relação ao estádio o panorama é ainda mais sombrio. Recentemente o clube comemorou ter fechado as portas para o Flamengo jogar em nosso estádio, em detrimento do Maracanã. O imbróglio do Aarão, recheado de desacertos jurídicos, encerrou qualquer negociação antes mesmo delas começarem. Seria o típico caso de um erro, justificando outro?
Avisamos aos navegantes, que o valor de um estádio é exatamente proporcional a quantidade de público que frequenta seus espetáculos. Uma grave crise de rentabilidade assola a maioria dos estádios do país e fechar qualquer porta, antes de ouvir, significa ser cumplice antecipado de um eventual fracasso do equipamento. Precisamos de respostas claras pois o assunto deve ser tratado por profissionais que precisam ser frios, técnicos e tomar decisões executivas. E isso só é possível claro, quando temos profissionais envolvidos no assunto.
Para finalizar, mais um temor. Depois de Olimpíada e da Parolimpíada Rio 2016, seremos os concessionários da Arena Olímpica Brasileira. Isso mesmo, nosso estádio obterá visibilidade internacional. E qualquer um sabe, que as arenas olímpicas mundo afora tornam-se objeto de alto interesse turístico. Em 2017 portanto, seremos os concessionários de uma das “joias da coroa” do esporte mundial. Um estádio reformado e revigorado pelo acontecimento dos jogos. E como tiraremos proveito disso? Já temos projetos circulando o mercado atrás de parcerias para alavanca-lo? Lamento dizer que pelo que temos visto, não. Nos resta aguardar e torcer para que o assunto estádio comece a ser tratado com profissionalismo, sem improvisos, sem deixar que sua luz seja cortada, expondo fragilidades publicamente, com ou sem responsabilidade do clube. Agora é aguardar e ver onde jogaremos nossa próxima partida. Boa sorte para todos!